25.2.13

Adasa faz vistoria em rios do Distrito Federal a partir desta segunda-feira

A iniciativa tem o objetivo de buscar mais informações sobre a quantidade e qualidade das águas do DF

Levantamento da qualidade e quantidade de água do DF realizado pela Adasa em 2012 mostra a divisão das microbacias


A Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do Distrito Federal (Adasa) começa a vistoriar nesta segunda-feira (25/2) os 40 pontos de controle de rios em cada microbacia do DF. O objetivo da ação é buscar mais informações sobre a quantidade e qualidade das águas. 

De acordo com a Adasa, três equipes da Superintendência de Recursos Hídricos da agência vão elaborar diagnósticos sobre o comportamento dos corpos hídricos durante o período chuvoso. 

A Adasa informou que os fiscais irão à campo durante todos os dias da semana até concluírem o diagnóstico de cada local "considerado estratégico". Esses 40 pontos foram definidos como prioritários pelo Plano de Gerenciamento Integrado dos Recursos Hídricos (PGIRH).

A previsão é que o trabalho termine em junho. No segundo semestre, a Adasa vai realizar um novo diagnóstico para verificar o comportamento dos rios durante a seca, época em que os parâmetros mudam com relação ao período chuvoso. A Adasa pretende promover anualmente esses diagnósticos.

Qualidade
Os dados apresentados pelo sistema de monitoramento da Adasa de 2012 apontam que a qualidade das águas dos rios do DF está entre "média e boa". As bacias que apresentam pior qualidade da água são as do Ribeirão Sobradinho, Rio Melchior, Ribeirão Ponte Alta e o Córrego da Papuda.

Fonte: Correio Braziliense

Laboratório Sabin promove ação ambiental no Facebook

Engajado em ações de sustentabilidade, o Laboratório Sabin, com sede em Brasília (DF) é o maior no segmento de análises clínicas do Centro-Oeste, com unidades agora no Norte, Nordeste e Sudeste, adotou uma iniciativa criativa para beneficiar o meio ambiente. Com o lançamento da campanha “Quem curte o Sabin, curte o planeta”, a empresa promoverá o plantio de árvores nativas do cerrado correspondente à meta de likes na fanpage. 

Ao conquistar a marca de 5 mil pessoas que curtem a fanpage do Laboratório Sabin, a empresa irá plantar uma árvore para cada fã. Segundo o gerente de Sustentabilidade do Sabin, Antonio Leitão, serão plantadas 23 espécies de mudas nativas da região, como angico, aroeira brava, urucum, ingá doce, araçá, cedro, amburana e árvores frutíferas. “O plantio dessas árvores reflorestam cerca de 3,4 hectares. A ação representará a diminuição de aproximadamente 510 toneladas de carbono na atmosfera, entre 2013 a 2028”, explica. 

A campanha faz parte de um pacote de práticas e medidas adotadas pela empresa, como signatária do Pacto Global da ONU - plataforma política para as empresas que adotam, cumprem e disseminam práticas sustentáveis - e também certificada pela ISO 14001:2004 - Sistema de Gestão Ambiental. No ano passado, o Laboratório Sabin ganhou pela segunda vez consecutiva, o prêmio destaque do Guia Exame de Sustentabilidade como empresa modelo na categoria PME, promovido pela Revista Exame (Grupo Abril) com pesquisa realizada pelo Centro de Estudos de Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGVCES). 

De acordo com a gerente de Marketing do Sabin, Andrea Pinheiro, a proposta da campanha ambiental é conquistar e engajar o público virtual em uma atitude importante para melhorar a qualidade de vida da sociedade. “O facebook é mais um canal de comunicação com nossos clientes, que recebem informações sobre nossos serviços, ações de responsabilidade socioambiental e muitas novidades. Contribuir para o reflorestamento é mais um incentivo para essas pessoas se relacionarem com a marca”, afirma. 

O plantio será realizado na área de preservação permanente na Bacia do Descoberto, em Brazlândia (DF), e no Parque Olhos D’água, na Asa Norte (DF). Um engenheiro florestal acompanhará todo o procedimento, que terá sistemática e período apropriados, vistoria e replantio das mudas que não vingarem. Um plantio simbólico será realizado no parque Olhos D’Água no dia 1º de março. 

A ação também conta com o apoio do Instituto Sabin e da Cooperativa Trilha Mundos. No Twitter, a campanha vai promover a hashtag #PlanteUmaÁrvore. Para curtir essa ideia, acesse www.facebook.com/laboratorio.sabin .

Fonte: Editora INCorporativa

Projeto quer reciclar 25 milhões de litros de óleo de cozinha até a Copa de 2014

Até a Copa do Mundo de 2014, 25 milhões de litros de óleo de cozinha usados devem ser reciclados e transformados em biodiesel por meio do Bioplanet. Lançado hoje (25/2) no Rio de Janeiro, o Bioplanet é um dos 96 projetos de promoção do Brasil na Copa apoiados pelo governo federal. 

Como cada litro do óleo de cozinha gera um litro de biodiesel, a intenção é produzir, nos 15 meses que faltam para o início do Mundial, 25 milhões de litros de biodiesel. Para chegar ao combustível usado pelos veículos, o biodiesel é adicionado ao óleo diesel derivado do petróleo. Com isso, é possível produzir 125 milhões de litros de combustível B20 (diesel que tem 20% de biodiesel em sua composição). 

Segundo o coordenador do Bioplanet, Vinícius Puhl, o combustível que será produzido em 40 cidades, sendo 12 cidades-sede da Copa, já começará a ser comercializado. Mas há a intenção também de usar o combustível produzido pelo projeto nos ônibus que transportarão as delegações das 32 seleções nacionais. 

“Um litro de óleo usado contamina 25 mil litros de água. Hoje, dados da Casa Civil da Presidência da República informam que há um descarte inadequado, por 50 milhões de residências e pequenos estabelecimentos, de um volume de 1,5 bilhão de litros de óleo de cozinha. É um volume jogado no ralo da pia que vai parar nos nossos mananciais de água e no oceano”, disse Puhl. 

O projeto espera coletar o óleo com a ajuda de 3 milhões de estudantes de todo o Brasil, que ganharão brindes de suas escolas, de acordo com o volume de óleo arrecadado, e de catadores de material reciclável. A ideia é envolver 10 mil catadores, que poderão ganhar até R$ 1 por litro de óleo de cozinha entregue ao Bioplanet. 

“Existe a perspectiva de se ter um mercado, uma cadeia produtiva envolvendo a reciclagem do óleo de fritura. Mas além da questão financeira e econômica, há a questão da educação ambiental. A dona de casa que descarta o óleo na pia da cozinha não sabe o prejuízo que está causando ao meio ambiente. Além disso, o biodiesel polui menos também”, afirma o diretor de Diálogos Sociais da Secretaria-Geral da Presidência da República, Fernando Matos. 

O Plano de Promoção do Brasil para Copa, do governo federal, pretende usar o Mundial como vitrine para mostrar uma imagem positiva do país. Além da estratégia de comunicação feita pelo próprio governo, o plano apoia 96 iniciativas não governamentais.

Fonte: Agência Brasil / Aqui Acontece

24.2.13

MPDFT recomenda paralisação de obra em Área de Preservação Ambiental do Park Way

A 5ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb) e a 4ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural (Prodema) recomendaram ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal Brasília Ambiental (Ibram) e à Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), na última terça-feira, dia 19/2, a paralisação de obra de estacionamento que ocupa Área de Proteção Ambiental (APA) dos córregos Gama e Cabeça de Veado. O MPDFT também solicita a cassação das licenças ambientais concedidas para o empreendimento, localizado no Park Way.

Segundo as recomendações, a construção do estacionamento descumpriu decisão judicial da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Distrito Federal (Ação Civil Pública - 2011.01.1.1.071848-5), que determinava o não parcelamento da área.

O parecer técnico do departamento de Perícias e Diligências do MPDFT constatou a supressão vegetal, realização de obras de terraplanagem, presença de blocos estocados ao ar livre e instalação de meio-fio. “O empreendimento coloca em risco o habitat e interrompe trocas genéticas imprescindíveis para a perpetuação e evolução de espécies da flora e da fauna do local”, afirmam os promotores de Justiça.

Além dos problemas ambientais, as licenças concedidas pelo Ibram foram indevidas, já que a Terracap não comprovou a propriedade do terreno. Além disso, a obra não tinham aprovação da autoridade urbanística competente, certificação do registro imobiliário e declaração do Distrito Federal de que o local e o tipo de empreendimento estão em conformidade com a legislação aplicável ao uso e ocupação do solo (art. 10, parágrafo 1º, da Resolução Conama 237/97).

Fonte: MPDFT

MPDFT apura descumprimento de atribuições da Comissão Interdisciplinar de Educação Ambiental

A 1ª Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Prodema) instaurou, na última quarta-feira, dia 20, procedimento administrativo (PA) para apurar o descumprimento de atribuições da Comissão Interdisciplinar de Educação Ambiental (Ciea/DF). Para o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), falta estrutura e atividade regular no grupo de trabalho. Além disso, a Comissão ainda não aprovou políticas ambientais para o DF, o que prejudica o acesso aos recursos que financiam tais programas.

A Prodema solicita que, em 30 dias, o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram) – órgão integrante da Ciea/DF – informe se a coordenação de educação ambiental do órgão tem condições de iniciar projetos sobre meio ambiente no DF. E, se for possível, que comece pelo Varjão, pois a Promotoria constatou urgência na implantação desse tipo de programa nessa comunidade.

O PA também solicita informações sobre os projetos de educação ambiental já desenvolvidos e em tramitação; o estágio de estruturação da Comissão, bem como as pendências para efetivação de suas funções; o cronograma das reuniões para o ano de 2013; e a composição dos titulares e suplentes de cada uma das instituições integrantes da Ciea/DF.

Fonte: MPDFT

Empresas Públicas e Privadas faturam com a Reciclagem de Entulho

Usinas de reciclagem, em Belo Horizonte, reciclaram 112 mil toneladas de material em um ano. As empresas que utilizam a matéria-prima podem ter até 30% de redução de custos.


Clique aqui e assista a reportagem completa da coluna sustentável.

Fonte: Jornal da Globo / ANEAM.

17.2.13

Engenheiro Ambiental cria Bicimáquinas

Curta Metragem protagonizado pelo Engenheiro Ambiental Ivo Reck Neto - Instituto Energia Humana.





Em meio a um mundo viciado em consumir energia com carros e eletrodomésticos, surge um grupo de amigos que resolve se juntar para criar um tipo de energia mais limpa, mais antiga e talvez até mais divertida. A ideia é simples, mas cativante. O produto final? Bicimáquinas... e muita alegria.

3.2.13

Águas do Paranoá

Com novas regras para atividades e proteção das margens, governo tenta frear o assoreamento e outros problemas que ameaçam o lago. População usa cada vez mais o espelho d'água para a prática de esportes e lazer

Nadar, surfar, pescar, fazer um piquenique, curtir o pôr do sol. Tudo pode ser feito às margens do lago que embeleza Brasília – ou dentro dele, já que Brasília concentra a terceira maior frota de embarcações do país.

Construído para umidificar o clima seco do cerrado, deixar a cidade mais bonita e ser uma opção de lazer para a população, o lago Paranoá, porém, vive alguns problemas: o assoreamento, considerado o mais grave deles; o desmatamento das margens dos rios afluentes e o conflito de atividades dentro dele.

Para tentar protegê-lo, o governo divulgou recentemente o novo zoneamento do lago Paranoá, delimitando as áreas de preservação às suas margens. Outra medida em gestação é o Plano de Gerenciamento de Segurança do Uso e da Ocupação do Lago Paranoá, que definirá regras e limites para as atividades dentro do lago, sobretudo para evitar acidentes.

Segundo o arquiteto e urbanista do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Pedro Braga, o novo zoneamento é fundamental para a sobrevivência do Paranoá. “Foram delimitadas duas zonas de vida silvestre nas margens de toda bacia hidrográfica do Paranoá que definem como elas podem ser usadas e ocupadas. Uma zona de conservação e outra de preservação. A primeira permite o uso do ambiente, mas de modo sustentável, e a segunda diz respeito a áreas mais prejudicadas, que necessitam de preservação total”, explica Pedro Braga.

Ele espera que o novo zoneamento seja cumprido à risca, pois condena ocupações irregulares e a expansão do espaço urbano para áreas verdes, causas do mais grave problema que assola o lago: o assoreamento.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paranoá, Paulo Sérgio Salles, também acredita que essa é, de longe, a situação que mais preocupa em relação ao futuro do lago. “Medidas têm de ser tomadas urgentemente”, cobra Salles. O Comitê, explica ele, é a voz da sociedade civil em questões que dizem respeito ao lago. “É como se fosse o parlamento que discute o que deve ser feito no Paranoá”, compara. “Diversos órgãos e entidades têm assento e nos reunimos para debater os rumos do lago, mas não temos poder de decisão”, completa.

As discussões ambientais em torno do lago não impedem que o uso dele seja cada vez maior. Se na época da construção da cidade muitos duvidavam da viabilidade de escoar para o imenso buraco parte das águas dos afluentes da bacia do Paranoá, hoje o lago é fonte de negócios e de lazer para a população. Ficou para a história o diálogo de JK com um conhecido engenheiro da época, Gustavo Corção. Ele dizia que levariam, no mínimo, cinco anos para encher. Dois anos depois, como previsto, o então presidente Juscelino Kubitschek mandou um lacônico bilhete para Corção: “Encheu, viu?”.

Hoje, ao redor dele, estão 32 clubes, mais de 50 bares e restaurantes e 10 hotéis. Calcula-se que esses estabelecimentos somados empregam cerca de 16,6 mil pessoas. Além de movimentar a economia, é um importante ponto de lazer da população, embora a maioria não tenha o acesso merecido. É preciso encontrar as famosas quebradas para furar o bloqueio (veja na infografia) das casas e mansões que impedem o livre caminho até o Paranoá.

Os amigos Isiel da Silva, Alexandre Linhares e Alisson Nunes vão, no mínimo, uma vez por semana à Ermida Dom Bosco tomar banho. “Tem gente que vai para clube entrar em piscina. Eu não vejo sentido, prefiro mil vezes uma água natural, como a do lago”, diz. Ele rechaça o preconceito alheio: “Muita gente acha que é sujo, impróprio para banho. Mas não tem nada a ver, é até mais saudável que a piscina, cheia de cloro”, acredita.

O estudante Gustavo Ribeiro também prefere o lago como opção para se refrescar, e ainda leva companhia. Com frequência, ele leva seu cachorro à Península dos Ministros, onde é possível acessar o lago. “Ele passa o dia inteiro em casa, quando trago para o lago, ele fica feliz, não para de abanar o rabo. Adora nadar. É um ótimo programa para se fazer”, indica.

O vento e a limpeza das águas fazem do lago o local ideal para a prática de diversos esportes. A procura por exercícios que estão na moda, como o stand up paddle e o kitesurf, tem crescido a cada ano. A estudante Mariana Bressan conta que começou a fazer kitesurf há um ano e tenta suprir a ausência do mar praticando esporte no Paranoá. “Em dias que tem muito vento, o lago, aqui na Península, é ótimo para surfar. Tento vir aqui sempre que posso, a natureza me faz bem. É como se o lago fosse o nosso mar”, elogia.

Outra atividade largamente explorada no lago é a pesca, que sustenta cerca de 300 famílias. Hoje, 14% do pescado consumido no DF vem do Paranoá. Crisóstomo Moura é motorista, mas pesca ao menos duas vezes por semana. “Já garanti muitas refeições dos meus filhos assim. Sempre que venho aqui, saio com alguma coisa. Uma tarde inteira de pescaria dá mais ou menos 2 kg de comida”, conta.

Um ano após o enchimento do lago, o governo passou a introduzir peixes para dar vida ao ambiente. Na primeira leva, puseram mais de 160 mil espécimes na água. Quatro anos depois, foi feito um estudo que concluiu que o lago era ruim para a pesca.

Despejaram, então, mais peixes. Aquaristas amadores fizeram o mesmo e algumas outras espécies passaram pela barragem e vivem no Paranoá. Atualmente, não se sabe ao certo quantas espécies existem no lago, mas acredita-se que chega a 67.

Entre elas, está a carpa chinesa prateada, posta em 1990 por um estudo de biomanipulação feito pela Caesb. Hoje, a carpa é a maior espécie que vive no lago. Dizem que pescaram uma com 27 kg poucos anos atrás – seria história de pescador?

Construção do lago

Fazer um lago foi proposto pela Comissão de Estudos da Nova Capital da União, a segunda Missão Cruls, em 1894-1895. Portanto, o represamento da Bacia do Paranoá para formar um lago foi pensado ntes mesmo do concurso para o Plano Piloto de Brasília. A bacia tem quatro afluentes: ribeirão Bananal, ribeirão do Gama, ribeirão Bananal ribeirão Riacho Fundo

Negócios às margens do Lago

>32 clubes margeiam o Paranoá.
>Mais ou menos 50 barese restaurantes estão à beira do lago.
>10 flats e hotéis têm vista ara o espelho d’agua.
>Calcula-se que 16,6 mil pessoas estão empregadas nos estabelecimentos à beira do lago.

Saiba mais

>Assoreamento é o excesso de areia, terra ou detritos no fundo do mar, rios ou lagos, que fazem com que o local encha e a terra ocupe o lugar da água.
>Desmatamento, invasão do espaço urbano, técnicas agrícolas erradas e tudo que faz com que o solo ique desprotegido, sem vegetação para segurar a terra, aceleram o assoreamento.
>Hoje, na altura das QL 1, 2, 3 4 do Lago Sul, a água deu lugar à terra.


Fonte: CorreioWeb / Brasília Encontro

ANEAM concede entrevista sobre a obstrução da orla do Lago Paranoá, em Brasília-DF

O Presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Ambientais - ANEAM e Diretor do Crea-DF, engenheiro ambiental Marcus Vinícius de Souza, fala sobre os impactos ambientais causados pela obstrução da orla do lago Paranoá em Brasília , e os prejuízos à população.

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) entrou com recurso e ganhou novo prazo para concluir a desobstrução de passagens ocupadas de forma irregular na orla do Lago Paranoá.

Segundo o Ministério Público, mais da metade da orla está ocupada com construções irregulares, como muros, cercas, píeres e decks, que impedem o acesso da população a áreas que são consideradas públicas.

Em 2012, a justiça determinou que a Agefis, em 180 dias, elaborasse um plano de ação de retirada das construções irregulares na margem do lago. O prazo venceu, a Agência recorreu e ganhou mais um novo prazo, desta vez de 90 dias.

De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), a permanência das construções pode trazer sérios riscos ao lago e à população.

“Essas áreas deveriam ser um filtro natural para aumentar a melhoria da qualidade da água do lago Paranoá. Infelizmente com essas ocupações irregulares há um prejuízo da qualidade da água do nosso lago”, disse o engenheiro ambiental, diretor do Crea-DF, Marcus Vinícius de Souza.

Segundo o engenheiro, o Distrito Federal é a terceira região do país com menos recursos hídricos para o consumo humano. Especialistas alertam que essas ocupações irregulares na orla podem colocar em risco um projeto futuro de captação de água para consumo.

“Nós temos um processo em andamento na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) para licenciamento da captação de água para abastecimento humano. A desobstrução do Lago Paranoá vai otimizar esse processo de licenciamento para poder captar a água e abastecer a população”, acrescentou Marcus Vinicius.

Por ser uma área de preservação permanente, as ocupações deveriam estar, no mínimo, a 30 metros da margem do lago. Para o ministério Público, as construções irregulares tiram do resto da população o direito ao lazer, já que as principais vias de acesso ao lago estão ocupadas.

Assista ao vídeo da matéria veiculada no DF Record, em 31/01/2013.

*O Crea-DF ressalta que o nome do Conselho é "Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal" e não Conselho de Engenharia e Arquitetura, como informado pela repórter durante o vídeo. Os arquitetos deixaram de integrar o Crea-DF desde dezembro de 2011.

Fonte: ANEAM / DF Record / Crea-DF

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