3.2.13

ANEAM concede entrevista sobre a obstrução da orla do Lago Paranoá, em Brasília-DF

O Presidente da Associação Nacional dos Engenheiros Ambientais - ANEAM e Diretor do Crea-DF, engenheiro ambiental Marcus Vinícius de Souza, fala sobre os impactos ambientais causados pela obstrução da orla do lago Paranoá em Brasília , e os prejuízos à população.

A Agência de Fiscalização do Distrito Federal (Agefis) entrou com recurso e ganhou novo prazo para concluir a desobstrução de passagens ocupadas de forma irregular na orla do Lago Paranoá.

Segundo o Ministério Público, mais da metade da orla está ocupada com construções irregulares, como muros, cercas, píeres e decks, que impedem o acesso da população a áreas que são consideradas públicas.

Em 2012, a justiça determinou que a Agefis, em 180 dias, elaborasse um plano de ação de retirada das construções irregulares na margem do lago. O prazo venceu, a Agência recorreu e ganhou mais um novo prazo, desta vez de 90 dias.

De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (Crea-DF), a permanência das construções pode trazer sérios riscos ao lago e à população.

“Essas áreas deveriam ser um filtro natural para aumentar a melhoria da qualidade da água do lago Paranoá. Infelizmente com essas ocupações irregulares há um prejuízo da qualidade da água do nosso lago”, disse o engenheiro ambiental, diretor do Crea-DF, Marcus Vinícius de Souza.

Segundo o engenheiro, o Distrito Federal é a terceira região do país com menos recursos hídricos para o consumo humano. Especialistas alertam que essas ocupações irregulares na orla podem colocar em risco um projeto futuro de captação de água para consumo.

“Nós temos um processo em andamento na Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) para licenciamento da captação de água para abastecimento humano. A desobstrução do Lago Paranoá vai otimizar esse processo de licenciamento para poder captar a água e abastecer a população”, acrescentou Marcus Vinicius.

Por ser uma área de preservação permanente, as ocupações deveriam estar, no mínimo, a 30 metros da margem do lago. Para o ministério Público, as construções irregulares tiram do resto da população o direito ao lazer, já que as principais vias de acesso ao lago estão ocupadas.

Assista ao vídeo da matéria veiculada no DF Record, em 31/01/2013.

*O Crea-DF ressalta que o nome do Conselho é "Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal" e não Conselho de Engenharia e Arquitetura, como informado pela repórter durante o vídeo. Os arquitetos deixaram de integrar o Crea-DF desde dezembro de 2011.

Fonte: ANEAM / DF Record / Crea-DF

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