24.9.16

App diz quanto a pessoa emite de CO2 e como compensar em mudas

Um engenheiro ambiental e empresário paulistano lançou um aplicativo que calcula o número de árvores que as pessoas e os responsáveis por indústrias e eventos devem plantar para compensar a quantidade de gás carbônico eliminado no meio ambiente. Os usuários do “CarbonZ” podem utilizar os índices para consulta ou pagar para que o pesquisador e sua equipe plantem as mudas.

Após baixar o aplicativo de celular (app), que está disponível para Android e IOS desde o dia 21 de setembro, Dia da Árvore, o usuário preenche um formulário com dados sobre sua rotina, como tipo de veículo utilizado para chegar ao trabalho e a quantidade de água e energia elétrica consumidas por mês.

Com a informação gerada pela ferramenta, o usuário tem a opção de realizar o plantio, caso queira, ou pagar online para que a "CarbonZ" faça o serviço. Em caso de adesão, o usuário recebe no prazo de uma semana as coordenadas geográficas de onde as mudas estão plantadas, de quais espécies são e uma foto do local.

Além disso, cada muda recebe um chip e o usuário tem a possibilidade de ir ao local e identificar a planta com a câmera do celular, de modo similar àquele realizado na caça de Pokémons.

Empresário
Gabriel Estevam Domingos, de 28 anos, o empreendedor que concebeu o projeto, explica que a ideia surgiu da tendência seguida pelos grandes eventos de neutralizar o carbono gerado nas construções por meio do plantio.

“É uma ação voluntária de responsabilidade socioambiental baseada no Protocolo de Kyoto. Isso foi feito pelos organizadores do Rock in Rio e da Olimpíada do Rio, por exemplo”, explica.

Após realizar um trabalho para um evento que seguia esta tendência neste ano, Gabriel tinha material suficiente para desenvolver o app, que foi criado em três dias. “Para este evento trabalhei de maneira arcaica, usando planilhas de Excel. O "CarbonZ" veio da necessidade de uma ferramenta prática para a realização do cálculo”, conta.



Trajetória
Gabriel é o homem que concebeu o projeto com a ajuda da equipe de sua empresa, a GED – Inovação, Engenharia e Tecnologia. Quando criança, ele queria ser cientista e criar tudo que consumisse. “Eu fiz pasta de dente, desinfetante, captação de água da chuva e tratamento de esgoto, por exemplo”, conta.

Concentrou seus esforços na questão ambiental e sustentável inspirado no município onde cresceu, Cubatão, na Baixada Santista, que já carregou o título de cidade mais poluída do mundo. “Me chamava atenção que 60% da cidade estivesse sob área de preservação ambiental, apresentasse um dos maiores PIBs do Brasil, mas fosse uma cidade poluída e desigual”, afirma.

Consequentemente, Gabriel encontrou na engenharia ambiental sua área de trabalho. “É uma área que trabalha justamente com o tripé social, ambiental e econômico, que sempre me interessou”, explica.

Hoje, Gabriel trabalha em sua empresa, integra o Centro de Capacitação e Pesquisa em Meio Ambiente (CEPEMA) da Poli/USP, carrega no currículo 25 prêmios por pesquisas e o título de Jovem Embaixador Ambiental do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Fonte: G1 São Paulo / Globo

9.9.16

Lançamento: Mapa interativo do DF com sistema de informações geográficas

O governo do Distrito Federal lançou nesta sexta-feira (9/9) a plataforma interativa "Geoportal", com dados da geografia, da infraestrutura urbana e da população da capital. Com um mapa "mais preciso e oficial" que o Google Maps, gerenciado pela Secretaria de Gestão do Território e Habitação, o sistema promete concentrar informações importantes para o cidadão comum e para especialistas.


O sistema já está no ar e funciona em qualquer computador com acesso à internet – a versão para smartphones está em desenvolvimento. Segundo o secretário de Habitação, Thiago de Andrade, o Sistema de Informações Territoriais e Urbanas (Siturb) existe desde 2010, mas não estava aberto ao público.

Até a noite desta quinta (8), o sistema exibia 43 opções de filtros – cada um deles lança um tipo de informação sobre o mapa em alta resolução do DF. Ao marcar cada item, o usuário pode conferir toda a rede de captação e distribuição da Caesb, as estações e linhas do Metrô, a malha de ciclovias concluídas e projetadas e o traçado das rodovias que cortam a capital, por exemplo.

Nos filtros ligados à habitação, é possível demarcar todos os lotes registrados oficialmente nos cadastros do Palácio do Buriti – e comparar com os lotes efetivamente ocupados, seja por concessão, por invasão ou por processos com regularização pendente. Dados da Agefis inseridos no sistema também mostram as regiões de ocupação irregular, incluindo aquelas que estão em áreas de preservação permanente e, por isso, não podem ser regularizadas.

Segundo o governo, a ferramenta pode ser útil ao negociar a compra de um imóvel ou planejar uma expansão na própria casa. Ferramentas de medição geográfica com base nos mapas permitem que o cidadão calcule a faixa de 30 metros de distância da orla do Lago Paranoá, onde construções particulares são proibidas, ou o raio de distância para preservar uma nascente, por exemplo.

"É uma plataforma aberta, em que uma foto ou uma planta urbana têm coordenadas precisas. Um especialista, uma instituição que tenha interesse público pode, inclusive, se inscrever para editar a base de dados, incluir informações", diz Andrade. Essa permissão será avaliada por um comitê gestor do sistema, que ainda não foi consolidado.

Dados abertos
O mapa do DF que está disponível no sistema hoje usa imagens de agosto de 2015, em alta definição. Um novo mapeamento deve ser concluído até o fim do ano, com equipamentos a laser que tornam os dados ainda mais precisos. Para que a plataforma seja útil, no entanto, os outros órgãos do governo do DF precisam alimentar a base de dados.

No filtro "escolas", hoje, quem acessar o site poderá ver o endereço, o nível de ensino e o contato telefônico de todos os colégios públicos e privados da capital. Segundo a Secretaria de Habitação, o sistema tem capacidade de agregar ainda mais informações, como os nomes dos professores, a classificação nos rankings de avaliação do Ministério da Educação e até o controle de presença dos alunos. Para isso, no entanto, é preciso que a Secretaria de Educação crie um sistema e integre os dados ao portal.

"Embora [a plataforma] seja gerenciada pela Segeth, a ideia é que se coordene uma espécie de pertencimento em comunidade. Na camada sobre ocupações, por exemplo, quem faz o mapa é a Agefis. É ela que gerencia mas, como o sistema é integrado, a atualização é feita também aqui. Se eles mudarem um centímetro lá nos dados, vai atualizar aqui", diz Andrade.

Alguns dados extrapolam o alcance do poder Executivo – o Tribunal de Justiça do DF, por exemplo, inseriu no Geoportal um filtro que mostra a circunscrição judiciária. Até a noite desta quinta, ainda não havia informações no Geoportal sobre segurança pública e saúde.

Os dados do DFTrans sobre ônibus também não eram listados mas, segundo o governo, já estavam em fase de adaptação para o sistema. Questionado pelo G1, Thiago de Andrade informou que o decreto assinado não prevê um instrumento para que a população demande a inclusão de novos dados, mas que essa seria "uma boa sugestão para se implantar".

Para especialistas
A interface simples, voltada para o cidadão comum, também permite o acesso a dados mais específicos – o levantamento topográfico do DF, com as diferenças de altitude entre cada ponto, e as bacias hidrográficas da capital federal, por exemplo. As informações estão integradas à mesma plataforma e podem ser extraídas para estudos acadêmicos ou projetos de infraestrutura, por exemplo.

Ferramentas incluídas no sistema permitem que o usuário trace linhas pelo mapa e descubra o "perfil de elevação", ou seja, a variação da altitude em cada um daqueles pontos. Com um desenho simples sobre a imagem de satélite, também é possível descobrir o perímetro e a área de um espaço.

Com um clique, também é possível descobrir quais são as normas de urbanização válidas para aquele lote. A plataforma é integrada ao Sistema de Documentação Urbanística e Cartográfica (Sisduc), que evita a procissão dos construtores entre um órgão e outro, atrás de normas antigas e específicas para cada região.

"Quando a Luos [Lei de Uso e Ocupação do Solo, em fase de elaboração] vier, isso vai ser até mais fácil. Hoje, um grande drama de quem lida com alvarás de construção, com projetos, é saber qual a norma que se aplica àquela região. Aqui, sabendo a norma, você pode ir num link do mesmo portal e buscar a norma. Se aprovarmos a lei, isso vai ficar ainda mais direto", diz o secretário de Habitação.

A intenção do GDF é que o Geoportal também seja usado internamente, para evitar trabalhos redundantes e economizar dinheiro público. Os levantamentos de área, por exemplo, são feitos e requisitados por administrações regionais, Novacap, Terracap, Secretaria de Infraestrutura, Codeplan e outras instâncias. Se não há um sistema unificado, muitas vezes, o trabalho é feito repetidas vezes.

Acesse o Portal de Infraestrutura de Dados Espaciais - Geo Portal clique aqui

Fonte: G1 DF / Globo.

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