6.1.13

Embaixada da Itália é referência em produção de energia renovável

Prédio investe em sistema de geração a partir de luz do sol e de ventos. Universidade de Brasília e companhia energética completam a parceria. 

Uma parceira entre a embaixada italiana, a Universidade de Brasília (UnB) e a Companhia Energética de Brasília (CEB), fez do prédio da embaixada na capital federal uma referência em todo o país nos estudos e na produção de energia renovável. O projeto, com o custeio de empresas italianas, promove investimentos na geração de energia a partir da luz do sol e dos ventos para provar que é possível uma casa de uma família comum gerar boa parte da energia que consome de maneira sustentável.

De acordo com o professor Rafael Shayani, do departamento de Engenharia Elétrica da UnB, na atual fase do projeto, a embaixada já consegue reduzir 20% no consumo de energia. A economia, explica o professor, é resultado de placas fotovoltaicas instaladas no telhado do prédio e que geram energia elétrica a partir da luz do sol. “As placas fotovoltaicas, diferente dos coletores solares, são capazes de produzir a energia elétrica e suprir a demanda do prédio. Os coletores solares, que geralmente se encontram em alguns telhados de casas brasileiras, servem apenas para esquentar a água”, detalha Rafael Shayani.

Placas fotovoltaicas instaladas no telhado da embaixada italiana em Brasília (Foto: Embaixada da Itália)

O professor também explica que o tamanho da economia com energia elétrica depende da quantidade das placas fotovoltaicas instaladas no telhado.

Para fazer uma comparação, no telhado da embaixada da Itália – que é um prédio grande com consumo alto – há 400 placas instaladas, que juntas têm potência de geração de 50 kilowatts.

Uma casa típica estaria bem abastecida com potência de 2 kilowatts, calcula o professor, a um custo de R$ 20 mil reais. Esse investimento, ainda de acordo com Rafael Shayani, daria uma economia de R$ 150 por mês na conta de energia.

Já há uma empresa brasileira que vende essas placas. Na internet, é possível encontrar fornecedores estrangeiros. A pessoa que estiver interessada em instalar as placas fotovoltaicas não precisa comprar um sistema que dê conta de toda a demanda da casa. Pode ser apenas uma quantia para ajudar a complementar o fornecimento de energia. Para fazer a instalação, é necessário ligar na concessionária de energia do estado e solicitar o serviço de “compensação de energia com micro-geração”, que é o termo técnico usado.

A concessionária então fará a instalação do sistema interligado à rede de energia e também de um novo medidor de energia. O novo medidor permite que, quando a energia da casa gerada pelas placas não estiver sendo usada, ela retorne para a rede. Desse modo, é como se o consumidor estivesse “devolvendo” energia para a concessionária, o que gera economia na conta.

“O projeto está provando que é possível uma casa produzir, de forma sustentável, boa parte da energia que consome. O principal é que, por trás dessa iniciativa, há toda uma propaganda ambiental, que vale muito. O sistema não produz nenhum gás do efeito estufa. Não gera custo de saúde pública”, diz o professor.

Desde abril de 2012, a Aneel regulamentou o uso das placas fotovoltaicas como complemento à energia fornecida pelas concessionárias. Para o professor Rafael Shayani a regulamentação é um avanço para que a iniciativa se espalhe pelo país. “Temos muito potencial de sol aqui no Brasil, a tendência é que essa tecnologia se espalhe, principalmente pelas cidades ensolaradas, como Belo Horizonte e Brasília”, afirma. Apesar disso, ele ressalta que o sistema ainda é muito novo e que deve levar tempo para consumidores e concessionárias se adaptarem.

Plantas usadas no tratamento de fitodepuração da água do esgoto produzido pela embaixada (Foto: Embaixada da Itália)

Uma próxima fase do projeto na embaixada contará com a instalação de 5 micro-turbinas eólicas no telhado da embaixada, para aproveitar a força do vento na geração de energia. Ainda dentro da busca pela sustentabilidade, a embaixada conta também com um sistema de tratamento do esgoto por meio de plantas que consomem as impurezas da água. Livre das substâncias tóxicas, a água pode ser reutilizada, desde que não seja para beber.

Fonte: G1 Natureza

Lançamento: Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR


O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir), que permite o controle do cumprimento das metas do plano nacional e dos acordos setoriais, já está disponível.  A partir de agora, os governos, o setor privado e a sociedade civil terão uma proposta inicial para ser aprimorada e alimentada ao longo dos próximos dois anos.


As informações constantes do Sinir possibilitarão o acompanhamento da gestão dos resíduos sólidos em todos os municípios, não só os resíduos sólidos urbanos, mas todos os resíduos abrangidos pela Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O sistema é um dos instrumentos previstos pela da Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída em agosto de 2010, para a gestão dos resíduos sólidos no país. O Sinir ajudará, ainda, a implantação dos novos princípios da lei, que estabelece a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, chamada de logística reversa. O sistema já vem sendo abordado de forma integrada a outros instrumentos previstos pela PNRS, como os planos de resíduos sólidos e a coleta seletiva. 

“O sistema será implantado com mais profundidade ao longo dos anos 2013 e 2014. O MMA irá discutir com os setores envolvidos na PNRS, as informações que serão absorvidas pelo SINIR, assim como fará o tratamento dessas informações com o propósito de programar uma adequada arquitetura da Informação, necessária à gestão estratégica do Sinir para o recebimento de críticas e sugestões que serão utilizadas pelos governos, setor privado e a sociedade civil. Essas informações serão migradas de outros sistemas existentes”, informou o diretor do Departamento de Ambiente Urbano (DAU), Silvano Silvério da Costa. Ele destacou ainda que a meta é utilizar essas informações para a gestão dos resíduos sólidos em todos os municípios, além de viabilizar a adoção de programas e ações de grupos interessados. Eventuais contribuições podem ser enviadas ao Sinir. Basta acessar o “Fale Conosco” no próprio Sistema.

Acesse o SINIR clique aqui

Fonte: MMA

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...