3.8.17

Lava a jatos inovam e economizam água em Brasília/DF

Se todos os proprietários de automóveis do Distrito Federal lavassem os veículos hoje, a quantidade de água gasta poderia abastecer, durante um mês, uma cidade com mais de 50 mil habitantes. A frota na capital é de 1.205.537. Em lava a jatos tradicionais, usam-se, em média, 200 litros de água para a limpeza de cada carro. O gasto é tão grande que supera até mesmo o consumo diário de um morador da cidade, de aproximadamente 150 litros, segundo a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb).

Fazer a limpeza ecológica se tornou uma saída para alguns empreendimentos brasilienses. Há 10 anos, uma empresa especializada em lavagem a seco se tornou o negócio do geólogo Flávio Bonfá, 66. A ideia surgiu quando um amigo, que estava nos Estados Unidos, explicou como funcionava o processo de limpeza de tanques do Exército no deserto. “O produto retira a camada magnética que existe entre a sujeira e a pintura do carro. Tudo isso sem utilizar água”, afirma.

Na 214 Sul, o reúso de água está em fase de teste em um lava a jato. Implementado há 10 meses, o sistema permite o reaproveitamento de até 90% da água utilizada na lavagem dos carros. Segundo o diretor operacional do comércio, Daniel Benquerer, 30, a expectativa é de que o investimento se pague em um ano e meio. “Estamos em fase de adequação. Utilizamos um intenso fluxo de água, ainda não conseguimos realizar todos os ajustes”, explica. No local, uma bomba manda a água para a parte de cima do estabelecimento. Até chegar à caixa d’água, o líquido próprio para realizar a limpeza de um carro passa por três recipientes e um filtro com areia e brita.


O meio ambiente foi o principal impulsionador na ideia de investir no reúso. O lavador Édipo Jackson Ferreira dos Santos, 28, conta que, para realizar a limpeza da água, o sistema usa apenas 25 minutos. “Mesmo com pouco tempo de uso, estamos com uma grande economia. Antes, precisávamos de dois a três caminhões-pipa por semana. Agora, pedimos apenas um por mês”, afirma Édipo.

Assista ao vídeo da reportagem:



Fonte: Correio Braziliense

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