25.7.10

De Plano Piloto a metrópole: a mancha urbana de Brasília

Nascida para ser polinucleada, com cidades separadas por grandes vazios, Brasília já tem território urbano inteiriço. A migração contínua mudou, desde o início, o projeto de centro administrativo e fez surgir uma metrópole, como constatou pesquisa da arquiteta Jusselma Duarte de Brito
O senso comum, dentro e fora de Brasília, diz que o Distrito Federal é composto por um Plano Piloto e vários aglomerados urbanos ao largo, muito distantes uns dos outros, compondo uma grande cidade polinucleada. Até foi assim, mas, há pelo menos quatro décadas, a mancha urbana da capital é uma só, como ocorre em qualquer outra metrópole. Guardadas preciosas diferenças, as do Plano Piloto, Brasília está se transformando numa cidade como outra qualquer.

Foi essa a constatação mais importante da tese de doutorado da arquiteta Jusselma Duarte de Brito, transformada no livro De Plano Piloto a metrópole, a mancha urbana de Brasília, lançado durante as comemorações dos 50 anos da capital. Depois de escarafunchar os arquivos da Caesb, do DER, do Arquivo Público, da Terracap, da Novacap e da Secretaria de Planejamento, Jusselma reconstruiu, em mapas, o surgimento de Brasília a partir dos primeiros movimentos de terra e de tratores em 1955 até 2006.

A pesquisadora reconstituiu passo a passo as obras de infraestrutura, desde a chegada dos primeiros caminhões pela Estrada de Corumbá, hoje BR-070, desde Anápolis até o Sítio Castanho, onde a nova capital começava a surgir. Muito antes de se fazer o cruzamento do Eixo Monumental com o Eixo Rodoviário (o Eixão), a cidade já surgia em obras esparsas — estradas, hidrelétricas, aeroporto, Palácio da Alvorada, Brasília Palace Hotel.
Acesse a apresentação da tese de doutorado de Jusselma Brito (64mb) clique aqui
Fonte: Correio Braziliense

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