8.6.10

Pesquisa desenvolve Madeira Reciclável

Uma pesquisa realizada na Universidade de Taubaté (UNITAU) desenvolveu um material plástico que pode substituir a madeira utilizada em telhados pela construção civil, reduzindo significativamente o impacto ambiental gerado pelo aumento da construção de moradias.

O estudo foi realizado pelos alunos Silvia Vieira Mendes, Flávia Santos Loureiro e Luiz Marcelo Ferreira, que estão no 5º ano do curso de Engenharia Ambiental da UNITAU. O interesse pelo estudo surgiu diante do expressivo número de vigas de madeira destinadas para a construção de caibros de telhados. O objetivo foi desenvolver um material que substituísse a madeira convencional para atenuar a exploração de matas nativas.
Para desenvolver o agregado reciclável, o estudo misturou 41,50% de polietileno de alta densidade com 58,50% de polietileno de baixa densidade, ambos reciclados. A partir dessa mistura, obteve-se um compósito, que é um material produzido a partir da combinação de materiais de propriedades distintas. Este compósito trata-se da madeira sintética, que no mercado mundial já é conhecida como WPC (Wood Plastic Composite). “A madeira sintética apresenta boas propriedades e utilizações promissoras para a fabricação de diversos produtos como, estrutura para coberturas, pisos, pallets, embalagens especiais, móveis, decks, entre outros”, salienta o orientador da pesquisa, Prof. Dr. Marcio Estefano de Oliveira.
A madeira plástica, além de evitar o corte de árvores, é um produto que emprega o uso de resíduos e, que dessa forma, contribui para a preservação do meio ambiente. “O processo de fabricação desta madeira não gera qualquer tipo de poluição ou resíduos”, explica Estefano. Outra vantagem é que este material pode ser aparafusado, atarraxado e não precisa de tratamentos contra cupins e insetos, ao contrário da madeira tradicional, o que aumenta a durabilidade do material e reduz a perda durante as reformas no telhado.
A pesquisa contou com o apoio da Fazenda Esperança, localizada em Guaratinguetá, que cedeu uma extrusora Alemã AZ-40, equipamento necessário para o processamento do material utilizado.
Fonte: Vale Notícia

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