Os recentes avanços na política ambiental do Distrito Federal irão marcar o aniversário de dois anos do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), celebrado nesta quinta-feira (28/5). Em breve, o governador José Roberto Arruda assinará três decretos que irão fortalecer estratégias de proteção de unidades de conservação no DF.
Além disso, será enviado à Câmara Legislativa projeto que cria a política distrital de amparo ao cerrado, bioma considerado como um dos mais ricos e elo entre a Amazônia e o Pantanal.
A criação da comissão de implantação dos Planos de Manejo das estações ecológicas de Águas Emendadas e Jardim Botânico está entre um dos decretos mais importantes a serem assinados. As duas áreas são consideradas essenciais para a conservação do cerrado não apenas pela extensão, mas pela importância do que guarda em termos de biodiversidade em suas reservas. Águas Emendadas tem dez mil hectares, o equivalente a quase dez mil campos de futebol e o Jardim Botânico possui metade dessa extensão.
Atualmente, em todo o Planalto Central, cerca de 50% da cobertura vegetal original de cerrado já foi completamente destruído e no DF apenas 37% da vegetação nativa ainda resiste à ação do homem. A preservação das estações ecológicas ajudaria a manter parte do que ainda resta intacto. Para o presidente do Ibram, Gustavo Souto Maior, implementar o Plano de Manejo das duas áreas é um marco na história do DF. “Até hoje essas unidades não tinham esses planos de manejo. Eles foram concluídos recentemente e são muito importantes para a conservação dessas áreas, pois definem o que pode e deve ser feito para mantê-las”, explicou Souto Maior.
Outra medida para fortalecer a gestão ambiental no DF é a criação da comissão de educação ambiental para discutir e pôr em prática políticas de sustentabilidade. “A ideia é fazer com que o tema esteja sempre atrelado às ações do dia a dia”, detalhou a assessora especial do Ibram, Luzialice Guimarães.
ntre as ações relevantes para a gestão ambiental no DF que serão concretizadas graças à atuação do IBRAM está a criação do Fórum da Agenda 21, que deverá implementar essa iniciativa no DF. A regulamentação da Política de Educação Ambiental e a implantação do Comitê da Bacia do Lago Paranoá também deverão ser formalizadas nos próximos dias.
Unidades de conservação
A exemplo do que acontece na área federal, o Distrito Federal também pretende ter seu próprio Sistema Distrital de Unidades de Conservação. O projeto que trata do assunto será enviado ao Legislativo e propõe que as áreas verdes hoje consideradas como parques passem a ter o status de unidades de conservação. Com isso, a exigência de proteção ambiental aumenta, assim como a destinação de verbas. Atualmente, o DF possui 70 parques.
Fonte: Agência Brasília / IBRAM
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