11.6.13

Projeto de faculdade particular reforma computadores para serem doados


Uma iniciativa bem-sucedida é o projeto E-lixo, desenvolvido há quatro anos como uma extensão dos cursos de tecnologia por alunos e professores da Universidade Católica de Brasília. Graças a esse programa, os computadores obsoletos ou com defeito são reformados. Ganham peças funcionais e novos softwares. Em seguida, são doados para instituições cadastradas na universidade.

A última beneficiada foi uma creche do Varjão. Além da doação e do conserto de máquinas, os alunos ensinam as pessoas a mexerem nos equipamentos e promovem oficinas de 20 e 80 horas na Católica, com o intuito de aproximar aqueles que detêm conhecimento e aqueles que precisam dele.

“Percebemos que aluno aprende bem mais, executa o trabalho de montar, interage com a comunidade, ensina lá e percebe questões técnicas do que dá certo e o que não dá. A comunidade também se sente incluída”, explica a professora Janete Cardoso dos Santos, 44 anos, diretora de Programas de Extensão da Católica. “Em relação às oficinas, tivemos um resultado muito positivo. Recebemos jovens que adquiriram noção básica e as ferramentas necessárias para angariar algo no mercado de trabalho mais tarde. Temos lista de espera enorme da comunidade interessada em fazer curso”, completa.

Marcelo Nascimento Silva Franco, 21 anos, estudante de engenharia ambiental, faz parte do projeto há um ano e meio. No segundo semestre de 2012, ele participou da entrega na creche do Varjão. “A experiência de ver o sorriso da criança, de vê-la mexendo no computador é maravilhosa. Muitas não têm essa oportunidade”, avalia. “Descobri que é possível a gente dar uma destinação correta para o lixo eletrônico”, acrescenta.

O jovem chegou ao curso sem muita experiência e aprendeu a montar um computador do zero. Teve de decorar as peças existentes na máquina . “No início, eu senti dificuldade por só ter tido curso de informática no ensino médio”, lembra. "Um colega meu desmontou um HD e aí a gente apresentou aqui o trabalho. As pessoas não acreditavam o tanto de peça que tinha no HD e eu tive que aprender tudo isso”, completa. Marcelo também levou conhecimento adiante e ensinou senhoras, em oficinas, a usar a internet, a criar uma conta de e-mail e até a fazer perfil no Facebook. “É muito gratificante, você vê que as pessoas querem aprender, só não sabem muito como”, conclui.

Fonte: Ser Sustentável - Correio Braziliense

Um comentário:

Unknown disse...

O termo "faculdade particular" desmerece o trabalho. Por que não usar 'Universidade Católica de Brasília'?

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