Na tarde desta segunda-feira, dia 13 de julho, a professora Jeanine Maria Felfili Fagg, do Departamento de Engenharia Florestal da UnB, faleceu. Vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) aos 52 anos, Jeanine deixou um marido e duas filhas de 15 e 22 anos. Ela lecionava na Universidade de Brasília desde 1983 e inspirou alunos no Brasil e no exterior. Referência em estudos de conservação e recuperação de plantas do Cerrado, a doutora identificou mais de 12 mil espécies nativas na região.
Previsto para estar pronto neste ano, o prédio do Centro de Referência em Conservação da Natureza e Recuperação de Áreas Degradadas da UnB (CRAD) foi uma iniciativa de Jeanine. “Ela impulsionou os documentos para essa construção e dedicou sua vida às causas pelas quais acreditava”, conta Carmem Regina Correa. Ela trabalha no CRAD e era amiga de Jeanine há 11 anos.
Leandro Lima também trabalha no Centro e não conseguia expressar seu sentimento. “Ela era uma idealista em todos os sentidos. Quem vai lutar pelo Park Way agora?”, indaga. Além de presidir a Associação dos Moradores do Park Way, Jeanine foi uma das criadoras da ONG Instituto Vida Verde. O grupo mobilizava voluntários para recuperar àreas de mata de galeria degradadas.
“Quando participei de um congresso no Sul, as pessoas se animavam ao descobrir que eu era orientada pela Jeanine”, orgulha-se Vanessa Tunholi, aluna de mestrado que participou de Pibic com a docente há cinco anos. Vestida com a camiseta de um protesto contra o Plano de Ordenamento Territorial (PDOT), a jovem se emocionou ao lembrar que a blusa era um presente de Jeanine.
O carioca Alexandro Solorzano só escolheu a UnB para fazer seu doutorado porque queria receber a orientação de Jeanine. “Ela era uma grande referência na área de biodiversidade e abriu portas para meu financiamento. Também ampliei meus contatos no Piauí, Mato Grosso e Minas Gerais. Toda a comunidade científica sofre com a sua perda”, afirma Solorzano, aluno de Jeanine há dois anos e meio.
“O pessoal do Departamento ficou órfão de mãe. Apesar de ser uma pesquisadora ocupada, ela era acessível e sempre tratava todos com respeito”, explica Juliana Martins, técnica do laboratório de sementes florestais. Ela recebeu a orientação de Jeanine na graduação e no mestrado e conhecia a professora desde 2004. “A perda é grande, todos do Departamento estamos sentindo
Fonte: UnB Agência
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