29.5.09

Carvoarias clandestinas na Estrutural

No Setor de Chácaras da Estrutural, há duas ilegalidades. A primeira é a queima de árvores nativas do cerrado, a segunda é o uso de madeira não autorizada para fazer carvão. Na noite da última quinta-feira, dia 28, a reportagem do DFTV acompanhou o início da fiscalização da Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água (Sudesa) na área onde existe uma indústria de carvão clandestino a céu aberto.

A operação continuou na manhã desta sexta-feira, dia 29. “Fomos fazer um levantamento da área, saber exatamente onde está ocorrendo o problema e identificamos alguns pontos em andamento”, explica o diretor executivo da Sudesa, major Gouveia. Ele conta que, quando a equipe de fiscalização chegou, algumas pessoas trabalhavam e saíram correndo. Mas foi possível encontrar ensacamento de carvão já prestes a ser vendido.

O major ainda relata que há denúncias de trabalho escravo e infantil no local. “A maioria dos fornos é subterrâneo, próximo a vegetações que, com calor intenso, soltam um cheiro característico, o que dificulta a descoberta da carvoaria pelo cheiro da fumaça”, acrescenta.

Crime ambiental
A fogueira que se vê de longe em meio à escuridão é o primeiro sinal: tem carvoaria por perto. Ao lado, pilhas da madeira, a matéria-prima pra esse carvão. “Como a gente vê, é um resíduo sólido em local inadequado. Então, nós temos uma característica específica de crime ambiental. Para a queima de carvão já temos uma outra caracterização de crime ambiental”, afirma o capitão Fábio, da Subsecretaria de Defesa do Solo e da Água.

Os fornos ficam entre as estradas de chão batido que cortam o cerrado. Conforme os fiscais avançam, é possível perceber que a indústria clandestina está em plena atividade. Esse é um tipo de crime que acontece na calada da noite.

Fonte: DFTV-Globo

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