26.2.09

Programa Abrace um Parque sai do papel

Empresas, ONGs e até pessoas físicas poderão destinar recursos para a administração das reservas ambientais do Distrito Federal
O Distrito Federal conta com 73 parques ecológicos criados por decretos e leis. Apesar da garantia de proteção legal sobre as áreas verdes, boa parte desses locais padece há anos com a ausência de uma gestão adequada. A prioridade do governo é sempre investir em infraestrutura, educação e saúde.
Tradicionalmente, para meio ambiente e cultura – apesar da relevância do setor –, os investimentos são sempre a menor parcela do orçamento. Mas a atual gestão do GDF inovou e encontrou uma forma de garantir um gerenciamento adequado para esses oásis urbanos. De acordo com o ‘Programa Abrace um Parque’, lançado em meados do ano passado, empresas, organizações não-governamentais (ONGs) e até mesmo pessoas físicas podem destinar recursos para a administração dessas reservas ambientais.
Alguns projetos já estão em andamento, como no Bosque dos Constituintes, adotado pela Câmara dos Deputados. Mas na quinta-feira (19/02), sob grande expectativa da comunidade acadêmica e ambientalistas, foi assinado mais um convênio. A partir de agora, o Parque de Uso Múltiplo da Asa Sul, localizado na Quadra 614 Sul, será gerido por duas ONGs: o Instituto de Permacultura, Organização, Ecovilas e Meio Ambiente (Ipoema) e o Instituto Holístico Universal. Cada uma das entidades vai destinar R$ 218.771 e R$ 600 mil, respectivamente, para a construção de estruturas, plantio de diversas espécies vegetais e desenvolvimento de atividades com a comunidade.
De acordo com os diretores do Ipoema, o Parque da Asa Sul, que tem área total de 21,7 hectares e foi criado em setembro de 2003, estará de cara nova já nos primeiros meses de 2010. Neste ano, a entidade vai elaborar o plano de manejo e o design permacultural da unidade de conservação. Esse trabalho será publicado em forma de atlas, com informações valiosas para os estudantes das ciências ambientais. Depois disso serão iniciadas as atividades com a comunidade, com a realização de cursos e oficinas gratuitos, acerca de técnicas ecológicas de construção, plantio e diversas tecnologias sustentáveis.
“Teremos edificações de bioconstrução, com estruturas de superadobe, além de paisagismo produtivo, com implantação de agrofloresta, e estruturas para captação e aproveitamento da água da chuva. A permacultura é a ciência que nos ensina a melhor forma de interação homem e natureza”, diz o engenheiro florestal Cláudio Jacintho, presidente do Ipoema.

Fonte: Jornal da Comunidade / IBRAM

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