25.2.09

Conheça a história do Sítio Geranium - DF

Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. Quem passa apressado por essas cidades nem imagina que em meio àquela confusão urbana existe um santuário ecológico cravado justamente na fronteira entre as três regiões administrativas mais populosas do DF (cerca de 40% do total). Com área de 13,6 hectares e situado às margens do Ribeirão Melchior, dentro da Área de Relevante Interesse Ecológico Juscelino Kubitschek (Arie/JK), o Sítio Geranium funciona desde 1986 como um centro de referência em educação ambiental e produção de alimentos orgânicos (aqueles cultivados sem defensivos agrícolas químicos).

A propriedade é mantida pela odontopediatra Maria Abadia e pelo engenheiro civil Marcelino Barberato, ambos com 50 anos de idade. Mas nem sempre o casal foi tão ligado à natureza. A vida deu uma reviravolta quando, há duas décadas, o primeiro filho deles, Yan, de apenas um ano, morreu intoxicado por agrotóxico no prédio onde moravam, na Octogonal. O síndico resolveu economizar e aplicou Malation nas lixeiras e elevadores para eliminar insetos, em vez de usar produtos mais adequados.

Após a tragédia, a família se mudou para o Sítio Geranium. Abadia e Marcelino tiveram mais dois filhos – Luana e Thauame (hoje já adultos) – e perceberam a possibilidade de estabelecer um novo estilo de vida. “Entrar com processo contra o prédio não traria meu filho de volta. Resolvi que iria fazer alguma diferença, oferecer algo às pessoas, trazer um novo ponto de vista da preservação do meio ambiente’’, conta Abadia. Dito e feito. O casal ainda atua nas áreas profissionais onde se formaram. Afinal, há custos consideráveis para se manter uma propriedade rural. Mas outras seis famílias que moram no local vivem apenas com recursos provenientes das atividades desenvolvidas no sítio.

E tem de tudo um pouco. A produção agrícola, completamente orgânica, abastece boa parte do ainda tímido mercado do DF, onde a demanda por esse tipo de alimento é bem maior do que a oferta. Nas tardes de terças e sextas-feiras, os consumidores podem comprar abobrinha, agrião, alface, tomate, cebola, acerola, açaí jussara, amora, morango, banana e uma infinidade de outras frutas e verduras diretamente dos produtores. Há ainda a produção de plantas medicinais, flores e mudas ornamentais.

Mas a produção de plantas e alimentos foi apenas um início para o Sítio Geranium. Hoje, a propriedade funciona como uma grande escola de práticas ambientais. Recentemente, por exemplo, o célebre instrutor agroflorestal, Ernest Göstch, ministrou um curso sobre o assunto no local. Colégios públicos e universidades também desenvolvem diversas parcerias com o Sítio Geranium, com objetivo de promover conhecimentos e tecnologias sustentáveis.

Saiba mais sobre o Sítio Geranium clique aqui

Fonte: ComuniWeb

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