Crise mundial provoca queda de até 70% no preço de materiais coletados no lixo
A crise econômica chegou ao lixo. Após envenenar quase toda a cadeia produtiva brasileira, a turbulência internacional não poupou os trabalhadores que vivem de recolher e vender material para reciclagem. Com os preços da matéria-prima desacelerando em função da redução da demanda, a renda dos catadores despencou. O quilo de material para reciclagem chegou a cair 70% desde outubro, como o papelão, por exemplo. Com a desaceleração na venda de bens de consumo, é cada vez menor a procura por aço, alumínio, plástico e papelão, principais produtos recicláveis.
Estão sofrendo os catadores (cerca de 7 mil no DF e 500 mil no país), donos de ferro-velho e outros profissionais do segmento. “A renda familiar dos catadores caiu pela metade. Se antes dava para tirar, em média, R$ 400 por pessoa, agora chega a R$ 250 ou R$ 200. Estamos passando um verdadeiro sufoco”, conta o presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal e Entorno (Centcoop), Francisco de Assis Almeida Linhares.
A desaceleração nos preços está diretamente ligada à redução da demanda. E os preços só vão voltar a subir quando a procura por bens, principalmente os duráveis, aumentar, o que, analisam economistas, ainda necessita de uma boa dose de confiança do consumidor e volume de crédito disponível para acontecer. “Os preços dessas commodities industriais estavam com uma gordura especulativa em função da demanda em alta até 2007. Depois que o ciclo inverteu houve uma inversão de trajetória e elas chegaram a ficar até 50% mais baratas, mesmo com a desvalorização do Real”, analisa o coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
Fonte: Correio Braziliense
Estão sofrendo os catadores (cerca de 7 mil no DF e 500 mil no país), donos de ferro-velho e outros profissionais do segmento. “A renda familiar dos catadores caiu pela metade. Se antes dava para tirar, em média, R$ 400 por pessoa, agora chega a R$ 250 ou R$ 200. Estamos passando um verdadeiro sufoco”, conta o presidente da Central de Cooperativas de Materiais Recicláveis do Distrito Federal e Entorno (Centcoop), Francisco de Assis Almeida Linhares.
A desaceleração nos preços está diretamente ligada à redução da demanda. E os preços só vão voltar a subir quando a procura por bens, principalmente os duráveis, aumentar, o que, analisam economistas, ainda necessita de uma boa dose de confiança do consumidor e volume de crédito disponível para acontecer. “Os preços dessas commodities industriais estavam com uma gordura especulativa em função da demanda em alta até 2007. Depois que o ciclo inverteu houve uma inversão de trajetória e elas chegaram a ficar até 50% mais baratas, mesmo com a desvalorização do Real”, analisa o coordenador de análises econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros.
Fonte: Correio Braziliense
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