19.2.09

Alemães e UnB vão estudar Água do DF

A Universidade de Brasília firmará uma cooperação técnica com instituições alemãs e do Distrito Federal para desenvolver pesquisas e elaborar um modelo de gestão dos recursos hídricos do DF. No estudo, os envolvidos levarão em conta diferentes cenários, incluindo eventuais mudanças climáticas para o Centro-Oeste brasileiro, que poderão ocorrer nos próximos 30 anos.

O projeto, batizado de Água - DF, será lançado oficialmente no dia 10 de março, durante seminário para intercâmbio dos pesquisadores envolvidos, na sede da Caesb, em Águas Claras. A iniciativa representa a continuidade da parceria científica entre a UnB e a companhia de saneamento ambiental de Brasília.

Recentemente, pesquisadores do Instituto de Geociências e do Centro de Pesquisas do Meio Ambiente da Alemanha (UFZ, na sigla em alemão) fizeram um levantamento geofísico às margens do Parque Nacional, na região do aterro sanitário, e um trabalho de campo em áreas rurais do Entorno. O trabalho teve como finalidade testar os equipamentos técnicos alemães e verificar se há contaminação de água subterrânea.

FALTA DÁGUA - Segundo Detlef Walde, professor do Instituto de Geociências (IG) e coordenador do projeto, para que a população do DF e Entorno não sofra com falta de água no futuro, há três opções: encontrar novas fontes de abastecimento, implementar tecnologias de tratamento ou economizar esse recurso natural. “Ainda temos bastante água, mas o crescimento da região pode criar problemas nos próximos cinco anos”, diz.

A iniciativa vai envolver alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de Geologia, Geofísica, Engenharia Civil e Biologia, entre outros. Segundo o professor do IG Augusto Pires, coordenador do Programa de Pós-graduação em Geociências Aplicadas, o Água – DF será o maior projeto que a universidade vai desenvolver no segmento de recursos hídricos. “É um projeto estruturante e multidisciplinar. Vai dotar a UnB de infraestrutura de pesquisa de ponta vinculada à questão da água”, diz.

De acordo com Pires, o projeto possui importância econômica e social, já que o crescimento populacional, industrial e de serviços da região exige mais consumo de água. “O Planalto Central é uma área carente de recursos hídricos”, afirma.

Fonte: Agência UnB / Jornal de Brasília

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