27.2.09

Holdings Ambientais

A expansão do mercado de tecnologias ambientais, como tratamento de água, gestão de resíduos e controle de poluição já provoca uma onda de consolidação no setor, dentro e fora do Brasil. Com recursos próprios ou com a ajuda de fundos de investimentos, empresas do ramo estão indo às compras e criando holdings ambientais (forma de sociedade criada com o objetivo de administrar um grupo delas).
O maior expoente dessa tendência no Brasil é a Haztec, empresa com sede no Rio de Janeiro. Criada há dez anos por três recém-formados para atuar na prevenção de vazamentos em postos de combustíveis, a companhia chamou a atenção de investidores interessados no mercado de infra-estrutura.

Em 2003, a Haztec teve o controle adquirido pelo Synthesis, grupo nacional de private equity. O grande salto, no entanto, veio entre 2007 e 2008. Com investimentos feitos pelos fundos Infra Brasil, do Banco Real, e FIP Multisetorial, do Bradesco BBI, a Haztec adquiriu seis empresas em dois anos, cada uma com uma especialidade ambiental. Assim, passou a atuar em cinco diferentes linhas de negócios. Isso permitiu um salto no faturamento, que passou de R$ 40 milhões em 2006 para R$ 310 milhões em 2008. Para este ano, a expectativa é chegar a R$ 420 milhões.

Fora do Brasil, a formação de holdings ambientais já vem ocorrendo há alguns anos. Um exemplo é a alemã Remondis, grupo familiar fundado em 1934 para atuar no transporte de resíduos. Graças a parcerias público-privadas, a empresa cresceu e seguiu comprando concorrentes. Hoje tem operações em 25 países, nas áreas de água, reciclagem, energia e pesquisa e desenvolvimento de novos materiais a partir do lixo.

Fonte: Envolverde / Abril Digital

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